Desilusão amorosa, 2014.
Meus sentimentos eram tão tortuosos quanto as escadas que eu subia até sua casa. Eis aqui o meu assombro, por ser "meio" filha da luz.
Adentrava as madrugadas, sozinha e gelada, só para te ver... Mas que droga! Eu o amava tanto, que coloquei tudo a perder. Não é isso o que dizem sobre o amor? Que quando encontramos aquela pessoa, que faz o nosso coração bater mais forte, perdemos a noção do mundo? Eu perdi minha sanidade.
Como pude me contentar com tão pouco? O Tudo que recebi, não era nada. O todo que esperei, foi em vão.
Certa madrugada, após ir caminhando até as ditas escadas tortuosas e te levar até o céu, percebi que aquilo que me movia, já não era amor e sim adrenalina.
A escuridão e o frio haviam se tornando a minha casa e para esses aspectos, eu era apenas mais uma inquilina passageira.
Pensei ter ouvido um "eu te amo".
Nunca foi dito.
